sábado, 5 de julho de 2008

GRANDES FILMES


In my Country
Uma bela história de amor com final nem tão feliz assim. Langston Whitfield (Samuel L. Jackson) é um jornalista do Washington Post, enviado à Africa do Sul para cobrir as sessões da Comissão da Verdade e Reconciliação, constituída pelo governo sul africano para investigar abusos durante o regime de apartheid. Lá, ele conhece Anna Malan (Juliette Binoche), uma poetisa sul africana que cobre as sessões para a rádio estatal sul africana e NPR nos Estados Unidos. Essencialmente é um filme sobre coragem, compaixão e o poder redentor do amor. Direção de John Boorman

sexta-feira, 4 de julho de 2008

BLADE RUNNER - ART DIRECTION


A melhor direção de arte que eu vi no cinema nos anos 80. Absolutamente moderna até hoje.

REMEMBER BLADE RUNNER


Clássico, cult, plasticamente impecável, profético. Este é Blade Runner. Uma verdadeira obra prima de Ridley Scott realizada no início dos anos 80.
Este filme é o primeiro a nos apresentar um futuro bastante provável, em cores sombrias, com uma densidade dramática raramente vista anteriormente. O clima é de filme noir, com policiais no papel de caçadores, empresas de high technology no papel de vilãs, cientistas brilhantes brincando de Deus, a espécie humana pela primeira vez tendo de dividir espaço com seres artificiais, humanos na aparência e na intenção de se tornarem… verdadeiramente humanos.
Umas das seqüências mais emocionantes envolve homem versus máquina. A máquina sai vencedora, e profere uma das falas mais emocionantes da história do cinema antes de… morrer. Pura busca da verdade, tão comum entre nós, seres humanos. Imperdível. Pacorrea, 05/07/2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

FUHRO MAGISTRAL


Opinião pessoal: pra mim, este é um dos melhores trabalhos do Henrique Fuhro. Emocionante. Daqueles da gente ficar horas admirando, e sempre descobrindo novas perspectivas, uma nova maneira de (re)ver a obra.

BRANDING – Marcas que se fazem amadas

O primeiro nome que me vem à lembrança quando o assunto é supermercado, é o nome Real. Supermercados Real. E por que isto? Porque eu me lembro de ficar sentado dentro do carro da familia no estacionamento coberto do supermercado, enquanto meus pais faziam as compras do mês. Em total segurança, eu ficava escutando rádio, ou descia para observar os outros (poucos) carros estacionados por ali. Tinha muito Fusca, Gordini, DKW, alguns poucos Aero Willys, Simca, mas o que eu queria ver mesmo eram os novos Opala e Corcel, que recém tinham sido lançados. E que ainda eram raros nas ruas. Sim, eu estou falando de muito tempo atrás, algo em torno de 40 anos. Pois é, passaram-se quatro décadas e eu ainda trago vivas as lembranças daquele tempo de curiosidade pré-adolescente, de menino querendo descobrir o mundo, e que gostava demais de automóveis e de fazer um lanche na lanchonete do Real que ficava perto de nossa casa.
Anos depois, já casado e com a carreira profissional a pleno vapor, continuei cliente fiel da rede Real. Que aquelas alturas, já contava com os Hipermercados Kastelão, um conceito de mega loja revolucionário para a época. E que me tornou mais fiel ainda. Mas bem, eu fiz esta viagem através da memória para falar de um tema que venho acompanhando há pelo menos uns cinco anos.

Branding, esta é a nova palavrinha mágica para os profissionais de comunicação, marketing e propaganda.
Fazer branding é administrar marcas agregando valor às mesmas, colocando-as cada vez mais e de preferência para sempre na memória afetiva dos consumidores.
Tarefa complicada, uma vez que hoje o Brasil está cada vez mais inserido na economia global. E já lá se vão quase 30 anos que o Carrefour fincou sua bandeira em território nacional. Porém, apesar das ofertas tentadoras desta rede, nunca deixei de comprar no Real. Até sua extinção, ou melhor, até sua venda para o grupo português SONAE. E por que me mantive fiel durante tanto tempo?
Simples, no Real eu me sentia em casa, desde o pátio do estacionamento até a seção de bazar, loja de discos, lanchonete.
Eu cresci vendo a rede expandir-se e tornar-se cada vez mais profissionalizada, porém sem perder a ternura e a proximidade com seus clientes. Muito pelo contrário. Primeira rede a profissionalizar seu departamento de marketing, foi pioneira em vários aspectos. Foi em suas lojas que se instalaram as primeiras estações de rádios FM voltadas ao público presente, bem como circuitos internos de TV com ofertas e mensagens institucionais. Tempos bons e que não voltam mais. Mais adiante eu aprofundo o tema Branding.

terça-feira, 1 de julho de 2008

HERBERT BAYER


Artista gráfico, ilustrador, diretor de arte, fotógrafo, docente na Bauhaus, pioneiro do Modernismo no design europeu e norte-americano, Herbert Bayer nasceu na Áustria. Foi estudante da Bauhaus de 1921 até 1923, onde estudou sob a direção de Kandinsky e Moholy Nagy. Em 1925, Walter Gropius convidou-o a dirigir o curso de tipografia e publicidade. Assim ele passa a fazer parte do corpo docente da Bauhaus. Este homem brilhante foi um dos responsáveis pela moderna comunicação gráfica e publicitária do ocidente a partir da década de 30, quando já atuava em território norte americano. Na foto acima, temos uma mostra do trabalho deste mestre no design de tipos.

BAUHAUS E ARTES VISUAIS


Ainda há pouco eu escrevi alguma coisa sobre a obra de Paul Rand e sua influência na comunicação moderna, principalmente no design gráfico. Mas para falar com mais profundidade sobre o tema, não dá pra se deixar de lado a enorme, monumental influência da Escola Bauhaus sobre artistas como Paul Rand. Principalmente a influência da visão funcional que norteava a maioria das correntes artísticas trabalhadas pela escola, ou a arte aplicada ao cotidiano das pessoas. Na Bauhaus praticou-se e se desenvolveu, por exemplo, uma tipografia funcionalista, orientada pela estética da nova tipografia.
A fonte privilegiada nesta instituição foi a Akzidenz Grotesk, assim como outras variantes de letras «grotesk». Tudo pelo funcionalismo e limpeza de formas. Tem um site bem interessante a respeito, e que vale a pena ser visitado: www.tipografos.net/bauhaus

SOBRE FONTES, TIPOS E ARTES GRÁFICAS.

Meu primeiro contato com as artes gráficas se deu através dos livros, naturalmente.
Leitor precoce e compulsivo, desde muito cedo eu comecei a me interessar pelo assunto, até porque tínhamos na família um parente que era dono de uma tipografia. Ajudou muito também o fato de termos em casa algumas das famosas enciclopédias da época, Barsa, Delta Larrouse, entre outras, e que eu vivia manuseando. Mas a coisa tomou um novo rumo depois que eu fui estudar num colégio de ensino profissionalizante. Foi quando eu tive o primeiro contato com a arte da tipografia. Eu já conhecia as caixas de tipos móveis, algumas famílias de fontes, essas coisas. Mas nunca tinha visto uma máquina de linotipo (hot type) em funcionamento.Um negócio fascinante. E como eu também desenhava razoavelmente bem, acabei caindo nas graças do professor, que começou a me orientar em direção ao desenho publicitário, onde eu iniciei minha trajetória profissional.
Agora voltando ao assunto dos tipos: durante muitos anos, o Departamento de Arte da Editora e Livraria do Globo foi referência de qualidade nas artes gráficas no Rio Grande do Sul. Principalmente pelo seu quadro de profissionais, entre os quais figuravam nomes de peso nas artes plásticas do Estado. Liderado por Ernst Zeuner, o Departamento de Arte da empresa contava com o talento de artistas como Sótero Cosme (1905- 1978), João Fahrion (1898- 1970), Francis Pelichek (1896- 1937), Nelson Boeira Faedrich (1912- 1994), Edgar Koetz (1914- 1969), João Faria Viana (1905- 1975), Gastão Hofstetter (1917- 1986) e vários outros, que acabaram por inaugurar uma nova era nas artes gráficas em terras gaúchas. Publicações como a Revista do Globo tornaram-se famosas pela linguagem gráfica moderna e arrojada para os padrões daquele tempo.
Tudo como resultado do trabalho desta equipe extremamente talentosa e conhecedora do ofício. Um dos profissionais que herdou parte desta tradição foi Nelson Pinto, um dos grandes Diretores de Arte que esta cidade já viu em ação. Foi o Nelson que me chamou a atenção para a real importância que fontes e tipos têm na comunicação visual. E isto desde sempre, veja-se o trabalho de Toulouse Lautrec para o Moulin Rouge, por exemplo, onde os cartazes viravam verdadeiras obras de arte graças ao talento e capacidade dele em harmonizar texto e arte. Alguns o consideram o pioneiro da moderna comunicação visual.

REMEMBER PAUL RAND


Um dos grandes designers e artistas gráficos do século XX, Paul Rand foi diretor de arte, docente, escritor e consultor de design de empresas de grande porte do mercado norte americano, e que acabaram tornando-se players internacionais. Caso da IBM, por exemplo. A sua influência foi enorme nas áreas do design gráfico e da comunicação.
Rand foi incluído no "New York Art Directors Club Hall of Fame" em 1972.
Considerado o mais criativo da sua geração, Paul definiu uma nova abordagem ao design norte-americano. Aos 23 anos de idade começou como designer editorial e criador de publicidade para as revistas Apparel Arts, Esquire, Ken, Coronet e Glass Packer.
As suas
capas de revista romperam com o tradicionalismo no design de publicações. O seu profundo conhecimento da arte moderna, particularmente de artistas da Bauhaus como Paul Klee e Wassily Kandinsky, dos Cubistas, Dadaístas e Suprematistas, foi decisivo para que ele criasse e desenvolvesse novas formas e linguagens gráficas.
Vale a pena conhecer o trabalho deste gênio. Basta acessar http://www.tipografos.net/ que foi de onde nós extraímos os dados para escrever esta matéria.

domingo, 29 de junho de 2008

COINCIDÊNCIAS


COINCIDÊNCIAS – Henrique Fuhro, Juliano Wasen


Conheci o Henrique Fuhro em 1984. Na época eu trabalhava na Agência Um, como Diretor de Arte, e o Gordo (era assim que nós o chamávamos) era Executivo de Atendimento.
Imaginar um dos melhores artistas plásticos do Rio Grande do Sul da época trabalhando como executivo numa empresa de comunicação soa no mínimo estranho, hoje. Mas era o que acontecia. Nossa identificação foi imediata. Eu lembro de ir a casa dele e de vê-lo pintando, produzindo enquanto a gente conversava. Ele me contou do seu começo como artista plástico, como gravador. Tempos duros, segundo ele, até vir o reconhecimento de crítica e de público. E um dos grandes responsáveis por este reconhecimento foi Jacob Klintowitz, considerado um dos melhores críticos de arte do país.
E é de Jacob a crítica que eu reproduzo abaixo.

A imagem refletida e a Reflexão sobre a forma.

As imagens de Henrique Leo Fuhro são reflexões multiplicadas em infinitos espelhos paralelos imaginários. A imagem imaginada reflete a imagem e o brilho é intenso e, de alguma maneira, parece que tem um foco que se desloca permanentemente diante de nossos olhos. Certamente estes reflexos multiplicados são os reflexos de uma realidade. Mas não estamos seguros quanto a esta realidade e nos parece que as imagens são mais fortes e potentes do que o estímulo real inicial.Na verdade, não estamos diante do registro de um dado convencional do mundo. Aqui não se trata de mostrar o que já sabíamos, mas de tornar explícito uma imagem intuída.
A intensidade do brilho destas imagens se dá na nossa percepção, pois nela, em sua natureza de Imagem pintada e desenhada não há senão um discreto tratamento.
Observamos è a figuração de um conceito visual que se desvela.Estas imagens de Fuhro são formalizações de uma ampla percepção. Nelas, estão contidas a idéia do homem contemporâneo e de sua possibilidade introspectiva.
E o homem assinalado como um desenho a lápis, o homem registrado como grafite, com a máscara da persona. Este grafite está situado num universo cromático espantosamentereal e severo. E este contraste que torna explícita uma situação e nos demonstra a veracidade do estar no mundo. Uma cadeira, um ser estável, um desenho delicado e sugerido, uma organização cromática determinante. Relações entre o estar e o entorno.
Os elementos do trabalho de Fuhro, uma das mais estupendas meditações sobre a questão do homem no mundo de hoje feitas na arte brasileira, são, como fulcro, os mesmos.
O artista trabalha com o exterior e o interior, a objetividade social e a introspecção, o objeto e o reflexo. O homem mascarado é a imagem mais forte da nossa época.
E o corredor da Fórmula Um e é o uniforme, a roupa esportiva do competidor, a roupa formal do executivo. Máscaras. Constantes gráficas na obra do artista. É possível detectar alguma ironia neste trabalho. Isto depende, talvez, do ponto de vista do observador. Mas o que é impossível não detectar é o prazer da realização, o encanto do ato de fazer, a absoluta integração entre o homem que faz e o objeto criado, entre o olho e a mão que realiza e a forma que se cria diante de nós.
O fazer e o feito estão de tal maneira integrados que a emoção torna o expectador, por sua vez, parte integrante deste momento perceptivo.
O fazer, a obra, o público. Um circuito fechado e, também aqui, uma imagem que se multiplica e constrói a sua própria realidade.
Jacob Klintowitz, 1988.

Depois deste texto, não é preciso falar mais nada a respeito da obra de Fuhro.
Mas é imperioso citar um menino da novíssima geração que me foi apresentado recentemente. Juliano Wasem, este é o nome. E por que esta urgência, esta, digamos, imperiosidade em falar sobre esse menino? Simples, a obra inicial do Juliano parece uma continuação da obra do Fuhro. Os mesmos elementos, a mesma temática, enfim, tudo nos conduz a obra do mestre. É ver para concordar. Ou não.

HIPER-REALISMO. UM GOSTO PESSOAL.

Eu comecei a me interessar pelo hiper-realismo a partir de uma reportagem na Revista Status, na época uma bela publicação editada pelo Mino Carta em meados dos anos 70. A reportagem falava sobre a obra de alguns artistas norte americanos, entre os quais Chuck Close. Como eu já estava envolvido com desenho aquelas alturas, o interesse foi imediato. Fiquei imaginando se eu seria capaz de desenhar com aquele grau de perfeição, capaz de reproduzir o que quer que fosse de maneira tão fiel a ponto de gerar no espectador o famoso sentimento paradoxal: é tão perfeito e real que não pode ser real. Ou algo por aí. Hoje, depois de ter feito carreira na publicidade e como designer gráfico nos últimos 34 anos, acompanho o trabalho de uma novíssima geração de artistas que já nasceram pós Bill Gates, meninos e meninas que utilizam recursos inimagináveis 15, 20 anos atrás.
Seria interessante vê-los misturar hiper-realismo com, digamos, a última vertente contemporânea das artes plásticas. Realmente, seria interessante...

HIPER-REALISMO - Chuck Close


Chuck Close é um fotógrafo e pintor americano nascido em Washington em 1940. Ele utiliza como técnica sobretudo o Foto-realismo, em que a pintura é similar a uma fotografia. Esta técnica é um dos pilares do Hiper-realismo. Seu trabalho é elaborado a partir de fotos obtidas por ele mesmo. A partir destas imagens, ele pinta painéis de grande formato, onde utiliza técnicas como o pontilhismo. O efeito final é impressionante, pois o espectador é surpreendido por detalhes pictóricos imperceptíveis à distância. Um de seus quadros mais interessantes é o do rosto de uma mulher de idade avançada totalmente pintado com a sua impressão digital.

HIPER REALISMO – Ron Mueck


Ron é um escultor australiano, talvez hoje o principal expoente da vertente hiper realista, e que trabalha na Grã-Bretanha. Ele utiliza efeitos especiais cinematográficos para criar obras incrivelmente realistas que, não fora pelo tamanho, seriam facilmente confundidas com os objetos ou pessoas nas quais foram inspiradas.

ANOS 70





Lisérgicos, loucos, coloridos, contraditórios anos 70.
A primeira coisa que eu lembro desta década é de um passeio pela Rua da Praia em companhia do Neny Scliar, (primeiro a esquerda na foto acima, o último a direita é o Ricky Bols, amigo inseparável do Neny) filho do Salomão Scliar e sobrinho do Carlos e do Moacir Scliar. Na época, o Neny vinha trabalhando o conceito de arte hiper-realista, movimento surgido os anos 60 e que ganhou força a partir do início dos 70 principalmente nos EUA.*
Numa atitude típica de um contestador nato, o Neny acendeu um baseado no momento em que a gente passava em frente ao antigo Cine Cacique. Imagina uma cena destas em plena época da ditadura, onde éramos vigiados (nós jovens, principalmente) 24 horas por dia. Menos mal que o nosso passeio continuou sem maiores problemas, agora com o Neny viajando pelas asas da cannabis. Falávamos sobre contracultura, música, sexo, drogas e rock and roll. Sobre liberdade enfim. Depois de passar pela casa dele, onde ele discutiu de forma agressiva com o Salomão, rumamos para o Clube de Cultura na Ramiro Barcelos, onde assistimos a uma apresentação do Utopia. Esta banda era formada por uma rapaziada que depois se dispersou. Mas esta é outra história, a ser narrada em detalhes mais adiante.

*Uma visão histórica do Hiper-realismo: O termo remete a uma tendência artística que tem lugar no final da década de 1960, sobretudo em Nova York e na Califórnia, Estados Unidos. Trata-se da retomada do
realismo na arte contemporânea, contrariando as direções abertas pelo minimalismo e pelas pesquisas formais da arte abstrata. Menos que um recuo à tradição realista do século XIX, o "novo realismo" finca raízes na cena contemporânea, dizem os seus adeptos, e se beneficia da vida moderna em todas as suas dimensões: é ela que fornece a matéria (temas) e os meios (materiais e técnicas) de que se valem os artistas. A série de exposições realizadas entre 1964 (O Pintor e o Fotógrafo, Universidade de Novo México, Albuquerque) e 1970 (22 Realistas, Whitney Museum, Nova York) assinala o reconhecimento público da nova vertente. Hiper-realismo ou foto-realismo, como preferem alguns, os termos permitem flagrar a ambição de atingir a imagem em sua clareza objetiva, com base em diálogo cerrado com a fotografia. Os hiper-realistas "fazem quadros que parecem fotografias", afirma o crítico Gilles Aillaud por ocasião de uma exposição no Centro Nacional de Arte Contemporânea de Paris, em 1974. A frase traduz uma reação corriqueira diante das obras, o que não quer dizer que os artistas deixem de assinalar as diferenças existentes entre pintura e fotografia. Richard Estes (1932), um dos grandes expoentes do novo estilo, é enfático: "Não acredito que a fotografia dê a última palavra sobre a realidade". Mesmo assim, afirma, "o foto-realismo não poderia existir sem a fotografia".
No Brasil, são freqüentemente associados ao hiper-realismo alguns trabalhos de
Glauco Rodrigues (1929-2004), por exemplo, A Juventude (1970) e de Antonio Henrique Amaral (1935). Nas cenas urbanas de Gregório Gruber (1951) - Viaduto à Noite (1977), Passagem Anhagabaú (1982) e Banco (1987), por exemplo -, é possível identificar ecos do foto-realismo. Extraído da Enciclopédia Itaú Cultural – Artes Visuais.