quarta-feira, 2 de julho de 2008

BRANDING – Marcas que se fazem amadas

O primeiro nome que me vem à lembrança quando o assunto é supermercado, é o nome Real. Supermercados Real. E por que isto? Porque eu me lembro de ficar sentado dentro do carro da familia no estacionamento coberto do supermercado, enquanto meus pais faziam as compras do mês. Em total segurança, eu ficava escutando rádio, ou descia para observar os outros (poucos) carros estacionados por ali. Tinha muito Fusca, Gordini, DKW, alguns poucos Aero Willys, Simca, mas o que eu queria ver mesmo eram os novos Opala e Corcel, que recém tinham sido lançados. E que ainda eram raros nas ruas. Sim, eu estou falando de muito tempo atrás, algo em torno de 40 anos. Pois é, passaram-se quatro décadas e eu ainda trago vivas as lembranças daquele tempo de curiosidade pré-adolescente, de menino querendo descobrir o mundo, e que gostava demais de automóveis e de fazer um lanche na lanchonete do Real que ficava perto de nossa casa.
Anos depois, já casado e com a carreira profissional a pleno vapor, continuei cliente fiel da rede Real. Que aquelas alturas, já contava com os Hipermercados Kastelão, um conceito de mega loja revolucionário para a época. E que me tornou mais fiel ainda. Mas bem, eu fiz esta viagem através da memória para falar de um tema que venho acompanhando há pelo menos uns cinco anos.

Branding, esta é a nova palavrinha mágica para os profissionais de comunicação, marketing e propaganda.
Fazer branding é administrar marcas agregando valor às mesmas, colocando-as cada vez mais e de preferência para sempre na memória afetiva dos consumidores.
Tarefa complicada, uma vez que hoje o Brasil está cada vez mais inserido na economia global. E já lá se vão quase 30 anos que o Carrefour fincou sua bandeira em território nacional. Porém, apesar das ofertas tentadoras desta rede, nunca deixei de comprar no Real. Até sua extinção, ou melhor, até sua venda para o grupo português SONAE. E por que me mantive fiel durante tanto tempo?
Simples, no Real eu me sentia em casa, desde o pátio do estacionamento até a seção de bazar, loja de discos, lanchonete.
Eu cresci vendo a rede expandir-se e tornar-se cada vez mais profissionalizada, porém sem perder a ternura e a proximidade com seus clientes. Muito pelo contrário. Primeira rede a profissionalizar seu departamento de marketing, foi pioneira em vários aspectos. Foi em suas lojas que se instalaram as primeiras estações de rádios FM voltadas ao público presente, bem como circuitos internos de TV com ofertas e mensagens institucionais. Tempos bons e que não voltam mais. Mais adiante eu aprofundo o tema Branding.

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